A garota e a
Pirralha
Poucas pessoas acreditam em histórias de terror, mais eu
acredito, pois vivenciei não uma dessas histórias medíocres ou lendas que
contam por ai só para deixar as pessoas com medo, mais sim vivi e tirei a prova
concreta de que nem tudo nessa vida é mentira ou... MITO.
Há aproximadamente uma década, tive que cuidar de uma garotinha
completamente esquisita em minha casa, ela usava cabelos presos, anéis e joias
totalmente da moda e roupas rosa estampadas de flores ou de “bichinhos
bonitinhos”, mais eu iria ganhar uma grana preta se cuidasse bem da pirralha
então... É claro que eu topei, a menina era uma “santa”, o que de ruim poderia
apronta?!
Deixei a garota assistindo TV e fui pro computador falar com
pessoas normais como eu, tipo, que tem o seu próprio estilo, que usa roupas de
acordo com o que quer e não com o que os outros acham que está de acordo... Sabe
como é né?! Mas, quando menos espero, a televisão desliga e eu vou correndo ver
o que é pra minha surpresa a pirralha não está mais na sala e a TV estava com
aqueles famosos chuviscos hilários, tirei a televisão da tomada e fui atrás da
menina, não há encontrei em canto nenhum, quando fui procurá-la no quarto da
empregada, lá estava ela brincando de boneca... É claro que briguei com ela,
disse que não era mais pra ela sumir sem dá queixas e blá.
Puxei-a até o meu quarto pra ficar lá comigo, enquanto
estava escutando Slipknot, a menina me olhava com aquela cara de “menina
boasinha” querendo brincar com a garota esquizofrênica na opinião da maioria da
população, fui obrigada a brincar com ela de boneca ou se não teria que ficar
aguentando aquela cara de nojentinha que ela estava fazendo.
Durante a brincadeira algo fez barulho lá fora da casa, fui
ver o que era, pois a menina começou a chorar, quando sai do quarto notei que a
pirralha estava atrás de mim e não queria voltar pro quarto “estava com medo de
ficar sozinha” idiotice de menininhas de nove anos, e por incrível que pareça o
barulho era um pombo morto decapitado e dilacerado que estava no meu gramado, à
menina deu um berro tão forte quando viu o pombo que tive que enterra-lo, pois
se eu deixasse ali, ela enfartaria... Foi então que acordei amarrada com a
pirralha do meu lado completamente suja de sangue, não sei o que aconteceu não me
lembro de como ter ido parar ali, só lembro de que enterrei o pombo e tais.
Aparece uma espécie de pessoa com um capús preto que interrompia a imagem do
seu rosto, ele tirou das mangas uma faca que cortou as nossas cordas, eu disse
pra garota: “OLHA PIRRALHA, FOMOS SALVAS PELO HOMEM DO SACO”, o cara me jogou
na parede e me cortou os punhos, a faca era tão afiada que ele nem precisou de
esforços pra fazer isso, a menina se jogou em cima de suas costas e eu
levantei-me, e em um golpe certeiro ele se libertou, ele era ágil e muito
forte, aquilo dos punhos não era nada, já avia feito isso várias vezes no meu
banheiro , o que me importava não era os cortes, e sim sair dali com a garota
bem, ela estava sobre minha responsabilidade, já bastava a minha mãe me chamar
de inútil toda vez que eu não fazia algo do seu agrado, os cuidados sobre a
garota foi tudo ideia dela, pra tentar me fazer ser mais útil.
Com o golpe dele, a menina caiu nos meus braços, e ele caiu
no chão, com a pirralha nos braços sai dali enquanto ele se levantava, parecia
que estávamos em um labirinto que não tinha final algum, estava tudo escuro,
apenas algumas luzes falhando iluminava o local sombrio. Coloquei a menina no
chão rasguei as mangas da minha blusa e amarrei os pulsos, o corte fora mais
forte que os outros que eu já havia feito, o homem estava atrás de nós... Bendito
dia pra ficar sozinha em casa PORRA, peguei a menina novamente e consegui ficar
em um lugar quietinha tapando a boca da menina, para nossa não tão sorte assim,
a iluminação fora pro espaço, foram horas ali sentada, a noite não se passava e
num piscar de olhos um homem me pega
pelo braço e uma outra pessoa com o mesmo aspecto pega Jeniffer ( a pirralha;
nessas horas aprendi a chamar a menina pelo nome) eu começo a pedir socorro,
sabia que era em vão mais era só pra zueira sabe kkk, a menina também gritava
“MAMÃE, MAMÃE” eles não falavam absolutamente nada cosegui dar uma rasteira em
um deles... O que me segurava, eu e ele fomos pro chão, levantei-me de pressa e
dei um chute em sua barriga, ele me pegou pelos pés e me derrubou, Bati a boca
no chão, mordi a língua com a queda e começara a sair sangue, o carinha com a Jeniffer
sem eu perceber tinha vazado dali, eu gritava com ela, mais não escutava
respostas, o carinha me puxava e eu tentava me esquivar com as mãos foi então
que ele me acerta com a faca na perna, aquilo foi um golpe só que me deixou
completamente sem o que dizer, como se não bastasse, me deu uma pancada na
cabeça que me fez dormir.
Acordei ensanguentada e com uma forte dor na minha perna,
quando deparei com o chão ele estava completamente coberto do sangue da minha
perna, tentei levantar, mais não deu muito certo doía muito quando fazia
esforço, dava aquela mordidinha na boca acompanhado de uma gemidinha, o que eu
queria mesmo era achar e Jenny pega-la e ir para a casa, fui me arrastando até
a porta que estava trancada, peguei no meu bolso um alfinete que guardei quando
fui tentar concertar a blusa da minha mãe mais não consegui de imediato de
deixei para mais tarde... Abri a porta e fui arrastando-me deixando os meus
rastros de sangue, tirei a minha blusa pelas metades e amarrei na perna, não
aguentava, a dor era imensa, mais eu queria muito sair daí achei Jeniffer,
coitadinha da pirralha estava abraçada com seu joelhos deitadinha no chão
chorando baixinho, chamei ela com um ‘psiu’ ela deu um pulo e veio de encontro
comigo olhou minha perna mais não comentou nada... (ela sabia que o silêncio
facilitaria tudo naquele momento)...
Achamos a saída dali enquanto a pirralha saia pelo buraco
mínimo eu a esperava passar, ela saiu e eu levei uma foiçada nas costas e
agora, vivo ai sendo a adolescente que invade a cabeça de algumas pessoas para
ajudá-las a ter o seu próprio estilo, então se você que está ai do outro lado
tem esse sintomas: Usa cabelos esquisitamente do seu jeito, usa as roupas de
acordo com o que você quer entre outra coisa que é muito você... Se liga, eu
sou VOCÊ! ( Layanna Baksveer)
Autora: Natalia Soares’
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