Vamos Brincar?
Muitas vezes alguns desses nos fazem duvidar da lucidez de
uma pessoa
Bem às vezes duvido de minha lucidez a partir de um fato
ocorrido na minha infância
Sete De outubro de 2004.
Eu tinha apenas sete anos de idade e brincava inocentemente sozinha
nos fundos de minha casa como eu fazia todos os dias, não tinha muitos amigos por eu ser um tanto “maluquinha”. Como sempre estava brincando com minhas bonecas uma
decapitada e a outra com alguns cortes na face quando ouço uma voz de criança
“- Vem brincar comigo eu não tenho nenhum amiguinho assim
como você”
Olhei para os lados e não vi ninguém no inicio fiquei um
tanto assustada, mas deixei isso de lado algum tempo depois já estava começando
a escurecer peguei minhas bonecas e estava indo em direção a porta da minha
casa quando escuto aquela mesma voz outra vez
Mais uma vez olhei para os lados, mas dessa vez vi uma
menina de cabelos bagunçados roupas um tanto rasgadas e sujas e com algo na mão
que eu defini ser um ursinho um tanto sujo e com algumas manchas vermelhas, Olhei para traz e minha mãe estava
na porta e me chamou para ir tomar banho que já estava tarde, pedi para minha
mãe se eu podia ficar ali mais um pouco e brincar com aquela menininha minha mãe
me deu uma resposta um tanto estranha
“- que menina? já esta tarde vem tomar banho e pare de
inventar lorotas.”
Olhei outra vez para a menina e ela continuava La fiquei sem
entender o que minha mãe me disse, mas ela é quem manda né.
Despedi-me da menina e ela me fez prometer que no outro dia
bem cedinho agente ia brincar, eu prometi e fui pra dentro tomei banho e depois
me sentei a mesa pra jantar perguntei a minha mãe de que “lorotas” ela se
referia mas ela só me deu uma resposta :
“-Não se faça de boba”
Mesmo sem entender fui pro meu quarto queria dormir pra no
outro dia brincar muito dês de bem cedinho
Consegui pegar no sono bem rápido, pois estava bem cansada. Durante
a noite acordei com alguem cantando abri os olhos e me assustei via aquela mesma
menina do meu lado cantando uma musica que eu acho que era em outra língua ela
estava passando uma coisa molhada no meu rosto passei a mão e vi que aquilo era
vermelho no começo achei que era uma tinta ou coisa parecida, mas quando olhei
pro chão tive certeza que aquilo não era tinta
Meus olhos encheram se de lagrimas ao ver que meu cachorro
estava morto no chão todo estraçalhado em uma poça de sangue tentei gritar, mas
eu não conseguia a menina apenas olhava pra mim e ria ela tacou alguma coisa em
mim e eu desmaiei pela manha eu acordei com o grito da minha mãe ela olhava pra
mim e para meu cachorro, horrorizada
“o que aconteceu aqui... como você...”
Olhei para mim mesma e percebi que eu estava toda ensanguentada e na parede do meu quarto escrito de sangue “EU FALEI QUE A NOITE ERA MAIS
DIVERTIDO J”
Comecei a chorar, pois eu era só uma criança e eu amava
aquele cachorro corri até a sala em busca da minha mãe ela estava chorando e falando
com alguém no telefone só consegui a ouvir falando
“... ela está pior que eu pensava... ela matou o cachorro
pela noite...”
A quem ela se referia? A mim? Mas eu não matei o cachorro
foi a menina, mas eu acho que minha mãe não via aquela menina mas por que?
Quando minha mãe viu que eu estava ali na sala olhando pra ela, desligou o
telefone na hora e parecia assustada ao falar
“você não quer me contar porque fez aquilo com o Bob (o meu
cachorro)”
“como assim -respondi meio gritando, pois eu estava um tanto
apavorada- eu não fiz nada com ele foi àquela menina que me chamou pra brincar
ela estava no meu quarto e me cobriu com sangue”
Minha mãe me olhou e balançou a cabeça como quem dizia “não
acredito em você por que esta mentindo” ela se levantou e foi pro quarto dela
Fiquei muito triste, mas fui tomar banho, pois algumas moscas já estavam me rodeando. Fui La fora ver se encontrava a menina de novo, mas não ache ninguém momentos depois eu ouvi uma risadinha atrás de mim e a menina correndo para dentro da minha casa apenas ouvi um grito da minha mãe fui correndo em direção ao quarto a menina me entregou uma faca e me lambuzou de novo acho que de sangue olhei na cama a minha mãe toda esfaqueada nesse instante alguém chegou de carro fui ver que era parecia alguns médicos todos de branco me olharam apavorados foi então que percebi que eu estava coberta de sangue com uma faca na mão eles correram em minha direção eu soltei a faca e chorei, quando viram minha mãe ficaram horrorizados me prenderam em uma camisa de força e me levaram para um lugar cheio de gente louca onde estou até hoje presa em um quarto, hoje consegui escrever essa carta não peço que acreditem em mim eu só precisava dizer a verdade a alguém que não me acha tão louca
Convivo aqui há 20 anos e todo dia brinco com aquela menina
toda vez que eu me recuso a brincar com ela, ela mata alguém e sempre me culpam
talvez porque ninguém mais a vê alem de mim, mas tudo bem ela acabou de me
contar um segredo disse que vai fazer mais uma vitima essa noite vai trazer alguém
pra vir passar o resto da vida com uma camisa de força assim como eu, disse que
esse alguém é você boa sorte “Maluquinho(a)”!!!
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